sábado, 9 de julho de 2016

Vinho libanês, Seis mil anos produzindo história.

Vinho libanês,Seis mil anos produzindo história.



Vinho libanês.
                A história do vinho libanês se confunde com a da própria humanidade. Com uma vinicultura de mais de 6.000 anos, o Líbano é um dos países a produzir vinho há mais tempo no mundo, com uma produção de oito milhões de garrafas por ano, atualmente.   


Isso reforça o orgulho do Líbano em ser um dos berços do vinho no mundo, tendo inclusive o Templo de Baco, deus romano do vinho.

Incursões arqueológicas encontraram sementes de uva em escavações na cidade de Byblos no Líbano, na Síria, na Turquia, e na Jordânia, que contam da Idade da Pedra, cerca de 8000 a.C.. Isso sugere a produção do vinho desde essa época.

Os fenícios, que habitavam o Líbano anteriormente e eram grandes navegadores, foram fundamentais na divulgação de vinhos e vinhedos em todo o Mediterrâneo em tempos antigos.

      No entanto, vários fatores atrapalharam o desenvolvimento da produção do vinho libanês, muitas guerras, muitos problemas sociais e políticos,      e uma recente guerra civil que durou 15 anos. Outro fato, durante o domínio otomano, que eram muçulmanos, a produção de vinho parou, por não se permitir o consumo de bebidas alcoólicas.

A vinicultura só voltou a funcionar a partir da segunda metade do século XIX, com a atuação de jesuítas, e reforçado pelo mandato francês no Líbano no período entre as Guerras Mundiais. Nas últimas décadas, o vinho libanês vem atingindo um lugar de destaque no cenário mundial, sendo apreciado em mercados tradicionais como Estados Unidos, Reino Unido, França e vários outros países da Europa.

Por seguir regras das vinícolas francesas, o vinho libanês se aproxima muito do estilo dos vinhos produzidos na França.

Regiões produtoras do vinho libanês



Vale do Beqaa. Vinho libanês.
      Vale do Beqaa

    A principal região vinícola do Líbano é o Vale do Beqaa, cuja capital é a cidade de Zahle, terceira maior cidade do Líbano e conhecida como a noiva do Beqaa, e também como a Cidade do Vinho e da Poesia.

Localizada entre as mais importantes cordilheiras do país, o Monte Líbano e o Monte Anti-Líbano, o Vale do Beqaa é responsável pela maior parte da produção do vinho libanês.

Com uma altitude média de 1000 metros, o Beqaa possui sua própria bacia aquífera, proveniente do degelo dos maciços montanhosos que o cercam, tornando-o uma das regiões mais férteis do país.

Com 300 dias de sol por ano, chuvas restritas ao inverno, e a influência da altitude, são a garantia de um clima mais ameno, com noites frescas.

O Vale do Beqaa tem em seu solo uma formação calcária e argilo-calcária. Este "terroir" empresta ao vinho libanês uma elegância e caráter ímpares, complexidade, equilíbrio, com uma acentuada mineralidade, acidez e tanicidade.

Outra importante região vinícola do Líbano é Batroun, cidade costeira no norte do Líbano e uma das mais antigas cidades do mundo. É a capital do Distrito de Batroun.

Batroun. Vinho libanês.


     Batroun

     São plantadas, atualmente, as seguintes castas no Líbano:

Uvas tintas: Cinsault, Carignan, Grenache, Syrah, Mourvèdre, Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Gamay e Tempranillo.
Uvas brancas: Ugni Blanc, Clairette, Bourboulenc, Chardonnay e Sauvignon Blanc.

      O Líbano possui algumas cepas autóctones, por exemplo, as brancas Obaideh e Merwah, que são usadas na produção do Arak. Apesar disso as cepas francesas são as que dominam a produção do vinho libanês, por causa do mandato francês por anos no país.

Em tempo, cepas são os diversos tipos de uvas existentes, e autóctones são uvas típicas, exclusivas de um país ou região.


Classificação do vinho libanês


Gilbert & Gaillard é, com certeza, a mais respeitada revista de referência sobre vinhos do mundo. Fundada em 1989 por François Gilbert e Philippe Gaillard, que começaram como gestores de coleções na “Presses de la Cité”, situado em Paris. Em 1991, eles começam a editar seus próprios guias e revistas. Hoje dirigido um grupo multimídia dedicado ao vinho e implantado em todo o mundo.

Mais de 20 milhões de garrafas são vendidas com uma recomendação da Gilbert & Gaillard, que pode ser uma medalha, pirâmide ou laço.


Vinho libanês.



Notas dadas ao vinho libanês pela Gilbert & Gaillard guia de vinho francês.

Atibaia - Vintage 2011 - Batroun Vinho Tinto - 91 /100
Château Ka - Fleur de Ka 2006 - Bekaa-Ouest Vinho Tinto - 90 /100
Château Kefraya - Les Coteaux de Château Kefraya - Vintage 2011 - Bekaa-Ouest Vinho Tinto - 91 /100
Château Oumsiyat - Le Passionné 2009 - Metn Vinho Tinto - 88 /100
Château Oumsiyat - Jaspe 2011 - Metn Vinho Tinto - 85 /100
Château Oumsiyat - Soupir 2014 - Metn vinho Rosé - 87 /100
Château Oumsiyat - Sauvignon Blanc 2014 - Metn de vinho branco seco - 86 /100
Château Oumsiyat - Chardonnay 2014 - Metn vinho branco seco - 84 /100
Château Fakra - Pinacle 2012 - Vin du Liban Vinho Tinto - 88 /100
Château Fakra - Merlon 2012 - Vin du Liban Vinho Tinto - 84 /100
Château Fakra - Blanc de Blancs 2014 - Vin du Liban de vinho branco seco - 86 /100
Château Qanafar - Vintage 2011 - Bekaa-Ouest Vinho Tinto - 93 /100
Château Ksara - Réserve du Couvent 2012 - Bekaa-Ouest Vinho Tinto - 86 /100
Château Ksara - Cuvée du Troisième Millénaire 2011 - Bekaa-Ouest Vinho Tinto - 88 /100
Château Ksara - Le Souverain 2010 - Bekaa-Ouest Vinho Tinto - 92 /100
Château Ksara - Le Prieuré 2012 - Bekaa-Ouest Vinho Tinto - 85 /100
Château Florentine - Vintage 2011 - Chouf Vinho Tinto - 91 /100
Domaine Wardy - Private Selection 2007 - Bekaa-Ouest Vinho Tinto - 92 /100
Château Fakra - Coleção Privée 2010 - Vin du Liban Vinho Tinto - 89 /100
Château Fakra - Pinacle 2011 - Vin du Liban Vinho Tinto - 87 /100
Château Fakra - Blanc de Blancs 2013 - Vin du Liban de vinho branco seco - 84 /100
Château Fakra - La Fleur 2013 - Vin du Liban Vinho rosé - 86 /100
Atibaia - Vintage 2010 - Batroun Vinho Tinto - 91 /100
Château Fakra - Cuvée du Temple 2013 - Vin du Liban Vinho Tinto - 84 /100
Château Fakra - Merlon 2011 - Vin du Liban Vinho Tinto - 86 /100
http://pt.gilbertgaillard.com/


Union Vinicole du Liban (ULV) foi criada em 1997, um ano após o Líbano ter se associado ao “Office International de la Vigne et du Vin” (OIV). 

O objetivo do UVL é consolidar a imagem do Líbano como um país produtor de vinho, levando em conta sua história orgulhosa, e promover o seu potencial. O UVL dá voz aos produtores do vinho libanês, defendendo os seus interesses. Ajudando a se tornar realidade o desejo do Líbano de exportar dentro da UE e outros mercados internacionais, como os EUA e o Canadá.

http://www.lebanonwines.com/

Chardonnay du Munde - Reúne em um lugar de qualidade, o Château Ravatys - vinícola do Instituto Pasteur, as melhores produções Chardonnay do mundo.
Esta comparação internacional de vinhos da Chardonnay visa apenas fazer a melhor escolha para a sua qualidade como tal.
Reforçar a abordagem dos produtores Chardonnay do mundo.
 Destacar a diversidade e riqueza das produções existentes.
Criar um eixo de reunião em torno do Chardonnay para desenvolver uma melhor abordagem qualitativa.
Incentivar a investigação e conhecimento científico de Chardonnay.
Vários vinhos libaneses foram classificados pela Chardonnay du munde.



Referências usadas nesse artigo:

Lebanon wines
Live love Lebanon
Chardonnay du monde
Gilbert & Gaillard
Sites das vinícolas libanesas
Jornal Gazeta de Beirute

Espero ter ajudado a vocês conhecerem um pouco sobre o vinho libanês.


Em nossos próximos posts, falaremos sobre as vinícolas libanesas.

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