As religiões do Líbano
2ª Parte
O mosaico religioso libanês
Click no link abaixo e leia a 1ª parte
http://asmaravilhasdomundoarabe.blogspot.com.br/2016/03/as-religioes-do-libano.html
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Mesquita Mohammad Al-Amin |
Nossa Senhora do Líbano |
Dando continuidade a nossa matéria,
vamos falar das demais religiões que compõem o mosaico religioso libanês.
Igrejas orientais ortodoxas pré-calcedonenses
Igreja Apostólica Armênia
A Igreja Apostólica Armênia, também
chamada de Igreja Ortodoxa Armênia, é uma igreja ortodoxa oriental, sediada no
Oriente Médio. É o segundo movimento cristão nacional mais antigo do mundo,
sendo o primeiro a Igreja de Antioquia.
O Cristianismo foi levado para Armênia
pelos apóstolos Judas Tadeu e Bartolomeu, que lá pregaram e foram martirizados.
Na Bíblia, conta que a Arca de Noé encontrou no Monte Ararate (hoje no
território da Turquia) o ponto para encalhar e lá começar um novo mundo.
Apesar de grande parte da população
pertencer a igreja, ainda existem seguidores do paganismo e zoroastrianismo.
A Armênia foi o primeiro país do mundo
a se tornar oficialmente cristão, Em 301, 12 anos antes de Constantino dar
liberdade de culto aos cristãos em Roma.
Quando Tirídates III foi coroado,
Gregório (Ou Krikor em armênio), compareceu na coroação se declarando como
cristão e adversário do rei. Tirídates III mandou encarcerar Krikor num poço
aos pés do Monte Ararate por 15 anos. Tirídates III passou a sofrer de
licantropia, passando a agir como um javali. Nenhum dos tratamentos ou ritos
pagãos fizeram efeito. A pedido da irmã do Rei, Krikor foi retirado do poço e
colocou-se a orar pelo Rei, fazendo com que este voltasse à sua consciência. Em
agradecimento, o Rei proclamou Cristo como único na Armênia e Krikor como chefe
da Igreja Apostólica Armênia, construindo perto de Erepuni (atual Erevan,
capital da Armênia) uma catedral para ser a Santa Sé Armênia.
A Igreja Apostólica Armênia se separou
tanto das Igrejas, quanto das demais ortodoxas, após o Concílio de Calcedônia
em 451, por não aceitar as determinações consideradas pró-nestorianistas. A
Igreja Armênia aceita apenas a autoridade dos três primeiros Concílios
Ecumênicos, enquanto a Igreja Ortodoxa aceita sete e a Igreja Católica aceita
vinte e um. A Igreja Armênia achou um ponto de equilíbrio entre as duas
doutrinas, aceitando que em Jesus há a parte humana e a parte divina, havendo
apenas uma natureza do verbo encarnado.
Ela foi importante instituição para
manter a unidade na diáspora armênia, decorrente do genocídio armênio em 1915.
Igreja Ortodoxa Síria
A Igreja Ortodoxa Síria, Igreja
Siríaca Ortodoxa ou Igreja Ortodoxa Jacobita é uma igreja ortodoxa oriental, ou
seja, tem características miafisistas. Miafisismo (também chamado de
henofisitismo) é uma fórmula cristológica das igrejas ortodoxas orientais e de
várias outras igrejas que aderiram somente aos três primeiros concílios
ecumênicos. O miafisismo afirma que na pessoa una de Jesus Cristo, Divindade e
Humanidade estão unidas em uma única ou singular natureza ("physis"),
as duas estão unidas sem separação, sem confusão e sem alteração.
Historicamente, cristãos calcedonianos
tem considerado o miafisismo em geral como "agradável" numa
interpretação ortodoxa, mas eles, de toda forma, percebem o miafisismo das
Igrejas ortodoxas orientais como uma forma de monofisismo. As Igrejas ortodoxas
orientais rejeitam esta caracterização.
Igreja Ortodoxa Copta
A Igreja Ortodoxa Copta, de acordo com
a tradição, foi estabelecida pelo evangelista Marcos no Egito em meados do
século I (aproximadamente no ano 60). É uma igreja ortodoxa oriental, isto é,
uma igreja cristã que, por não aceitar o Concílio de Calcedónia, não está em
comunhão com a Igreja Ortodoxa nem com a Igreja Católica.
É a igreja cristã nacional do Egito
(Copta significa egípcio) e uma das igrejas da Ortodoxia Oriental mais antiga
do mundo. É governada pelo Papa Tawadros II de Alexandria.
Quando a Igreja foi fundada por
Marcos, durante a época do imperador romano Nero, um grande número de egípcios,
contrariamente a gregos e judeus, abraçou a fé cristã, que espalhou-se pelo
Egito em poucas décadas.
Os coptas celebram o Natal em sete de
Janeiro. Um costume curioso da Igreja Copta é que, em muitas missas, ainda
reza-se e lê-se em copta, a língua original do Antigo Egito. A Igreja é uma das
poucas culturas que mantêm viva a língua egípcia original (ou copta), sendo
que, com os vários atentados contra a Biblioteca de Alexandria e a influência
de outras línguas (principalmente a grega) na antiguidade, a língua foi sendo
esquecida aos poucos e, logo, tornou-se incompreensível. Porém, a Igreja Copta
mantém viva a língua copta graças a seus ritos litúrgicos.
Igreja Assíria do Oriente
A Igreja Assíria do Oriente é uma
denominação cristã oriental que afirma ter sido fundada por São Tomé. Chamada
também de Antiga Igreja do Oriente ou de Igreja Ortodoxa Assíria, não confundir
com a Igreja Ortodoxa Síria. Na Índia, é conhecida como Igreja Sírio-Caldeia do
Oriente. O seu rito litúrgico é o siríaco oriental.
A Igreja Assíria do Oriente não está
em comunhão nem com a Igreja Ortodoxa, nem com a Igreja Católica e nem com as
Igrejas ortodoxas orientais, porque ela só aceita os ensinamentos dos 2
primeiros concílios ecumênicos. Seu atual Patriarca e líder máximo, chamado
Patriarca Catholicós da Babilônia, é Mar Khanania Dinkha IV.
A Igreja Assíria do Oriente crê que em
Jesus Cristo há duas essências distintas, uma humana e outra divina, em uma só
pessoa. A crença dita nestoriana, de que em Cristo haveria duas pessoas,
completas de tal forma que constituem dois entes independentes vivendo no mesmo
corpo, ao contrário do que se pensa, não é a professada por esta igreja.
A Igreja do Oriente teve um papel
fundamental na conservação de antigos textos gregos que foram traduzidos para o
siríaco. Mais tarde foram traduzidos para o árabe e no século XIII para o
latim. A Igreja do Oriente é bem conhecida dos historiadores, e foi chamada
pelo Papa João Paulo II, "igreja dos mártires", como nenhuma igreja
inclui um número igual de mártires.
Nos séculos XVI e XVII, vários grupos
de clérigos e leigos assírios orientais abandonaram a Igreja do Oriente, para
entrarem em comunhão plena com a Igreja Católica. Estes grupos formaram a
Igreja Católica Caldeia, que é uma Igreja oriental sui juris em comunhão com a
Santa Sé e supervisionada pelo papa, o líder da Igreja Católica.
O Islamismo no Líbano.
Islamismo é uma religião abraâmica
monoteísta articulada pelo Alcorão, um texto considerado pelos seus seguidores
como a palavra literal de Deus, e pelos ensinamentos e exemplos normativos (a
chamada suna, parte do hadith) de Maomé, considerado pelos fiéis como o último
profeta de Deus. Um adepto do islamismo é chamado de muçulmano.
Os muçulmanos acreditam que Deus é
único e incomparável e o propósito da existência é adorá-Lo. Eles também
acreditam que o islã é a versão completa e universal de uma fé primordial que
foi revelada em muitas épocas e lugares anteriores, incluindo por meio de
Abraão, Moisés e Jesus, que eles consideram profetas. Os seguidores do islã
afirmam que as mensagens e revelações anteriores foram parcialmente alteradas
ou corrompidas ao longo do tempo, mas consideram o Alcorão (ou Corão) como uma
versão inalterada da revelação final de Deus. Os conceitos e as práticas
religiosas incluem os cinco pilares do islã, que são conceitos e atos básicos e
obrigatórios de culto, e a prática da lei islâmica, que atinge praticamente
todos os aspectos da vida e da sociedade, fornecendo orientação sobre temas
variados, como sistema bancário e bem-estar, à guerra e ao meio ambiente.
A maioria dos muçulmanos pertence a
uma das duas principais denominações os sunitas, que são a grande maioria e os
xiitas.
Segundo o site abaixo essa é a
distribuição do islamismo pelo mundo.
http://www.islam.org.br/o_islam_hoje.htm
As
Maiores Populações Muçulmanas por país
Indonésia 184 Milhões
Bangladesh 119 Milhões
Paquistão 116 Milhões
Turquia 67 Milhões
Iran 56 Milhões
Egito 48 Milhões
A
proporção de muçulmanos por continente.
Continente População
Muçulmano %
África 681.722
401.370 58.88
Ásia 3.310,828 924.162 27.91
América 739.709 7.923 1.07
Europa 728.368 44.451 6.10
Oceania 27.216 451 1.66
Total .487,843
1.378,357 25.12
Comunidades islâmicas significativas
também são encontradas na China, na Rússia e em partes da Europa.
Sunismo
Os sunitas formam o maior ramo do
Islã, em 2006 tinham aproximadamente 84% do total dos muçulmanos. A maioria dos
sunitas acredita que o nome deriva da palavra Suna (Sunna), que se referem aos
preceitos estabelecidos no século VIII baseados nos ensinamentos de Maomé e dos
quatro califas ortodoxos. Alguns afirmam, porém, que o termo deriva de uma
palavra que significa "um caminho moderado", referindo-se à ideia de
que o sunismo toma uma posição mais neutra e moderada.
Xiismo
Os xiitas são o segundo maior ramo de
crentes do Islã, constituindo 16% do total dos muçulmanos.
Nos primórdios da história islâmica os
xiitas eram uma facção política – literalmente os "Shiat Ali", ou
partido de Ali.
Os xiitas reivindicavam o direito de
Ali, genro e primo do profeta Maomé, e de seus descendentes de guiar a
comunidade islâmica, e consideram ilegítimos os três califas sunitas que
assumiram a liderança da comunidade muçulmana após a morte de Maomé.
Ali foi morto como resultado de
intrigas, violência e guerra civil que marcaram seu califado. Seus filhos,
Hassan e Hussein, viram negado o que achavam ser seu direito legítimo à
ascensão ao califado. Acredita-se que Hassan tenha sido envenenado por
Muawiyah, o primeiro califa (líder muçulmano) da dinastia Umayyad.
Seu irmão, Hussein, foi morto no campo
de batalha com outros membros de sua família, após ser convidado por
partidários a ir para a cidade de Cufa (onde ficava o califado de Ali) onde
prometeram jurar aliança a ele.
Esses eventos deram início ao conceito
xiita de martírio e de rituais como a autoflagelação.
Há um elemento messiânico
característico nesta fé e os xiitas têm uma hierarquia de clérigos que praticam
interpretações independentes e constantemente atualizadas dos textos islâmicos.
Muçulmanos xiitas são maioria no Irã,
Iraque, Bahrein, Azerbaijão e, segundo algumas estimativas, no Iêmen. Há
grandes comunidades xiitas no Afeganistão, Índia, Kuwait, Líbano, Paquistão,
Catar, Síria, Turquia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Alauitas
Os alauitas formam um grupo étnico-religioso do Médio
Oriente, presente sobretudo na Síria, país em que constituem cerca de 15% da
população, ou seja, cerca de 3 milhões e onde dominam as estruturas políticas.
Não devem ser confundidos com os Alevitas, minoria religiosa da Turquia, nem
com a dinastia alauita que governa Marrocos.
Os alauitas são também conhecidos como
nusairitas, em função de uma figura importante do movimento, Ibn Nusayr. Contudo,
este termo tem vindo a cair em desuso, sendo considerado ofensivo pelos
alauitas.
Seguem a charia ou lei islâmica e como
tal estão sujeitos a determinadas práticas do Islã ortodoxo, como as
interdições alimentares. Consideram seis pilares do Islã fazem parte da sua
doutrina, são respeitados como as demais seitas dos Islão. Além dos cinco
pilares do Islão conceituados pela grande maioria das seitas muçulmanas, os
alauitas possuem mais uma o jihad.
Ismaelismo
O ismaelismo, por vezes grafado
erroneamente Ismailismo, com seus seguidores ismaelitas, é uma doutrina
religiosa considerada como um ramo do xiismo. Os adeptos do ismaelismo são
também denominados como septimâmicos em função de apenas reconhecerem os sete
primeiros imãs do islão xiita.
Drusos
Os drusos são uma pequena comunidade
religiosa autónoma que reside sobretudo no Líbano, Israel, Síria, Turquia e
Jordânia (pequenas comunidades expatriadas existem ainda nos Estados Unidos,
Canadá, América Latina, Austrália, e Europa). Eles usam a língua árabe e seguem
um modelo social muito semelhante ao dos Árabes da região. Não são considerados
muçulmanos pela maioria dos muçulmanos da região, apesar de alguns drusos
dizerem que a sua religião é islâmica. A maioria dos drusos considera-se árabe,
apesar de alguns drusos israelenses não se considerarem como tal. Existem cerca
de um milhão de drusos em todo o mundo, a maioria dos quais vivendo no Médio
Oriente.
Os drusos se intitulam em árabe como
Ahl al-Tawhīd "o povo do monoteísmo".
A origem do nome druso é
debatida, mas costuma ser ligada com Maomé al-Darazi, um antigo mensageiro
da comunidade, que é considerado um herético pelos drusos atualmente.
Espero que tenham gostado. Deixem seu comentário, sugestão. Acrescente algum dado em nossa pesquisa.
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Oi, Pedro.. tudo bem? Estou te indicando ao Darts Awaards!!! Parabéns pelo Blog! segue aqui minha indicação
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