BAALBEK
Cidades libanesas
Festival
de Baalbek
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A
terceira parada de nossa viagem pelo Líbano é em Baalbek. Cidade histórica
também conhecida com Balbek, e chamada de Heliópolis, "cidade do
sol", pelos romanos e pelos gregos.
Baalbek,
antiga cidade da Fenícia, e posteriormente colônia romana na época de Augusto,
se encontra no leste do Líbano, no famoso vale de Bekaa, entre os rios Litani e
Asi (chamado antigamente de Orontes), entre as cordilheiras do Líbano e
Antilíbano.
Localiza-se
no cruzamento de duas rotas comerciais de importância histórica, uma entre o
Mediterrâneo e a Síria Interior, e a outra entre o norte da Síria e o Norte da
palestina. Está aproximadamente a 86 quilômetros de Beirute, e 56 de Damasco.
Hoje
é um importante centro administrativo e econômico do vale de Bekaa. É ligada
por via férrea com Beirute, Damasco e Alepo. Conta com uma população de 30.916 habitantes.
Origem de Baalbek
Suas
origens são obscuras, e sua história mistura-se nas lendas antigas de Baal, que
era considerado “o controlador do destino humano".
Tentaram
identificá-la com cidades citadas na Bíblia como a Baal Gad, (Josué 11–17;
13–5) ou Biqueat–Aven (Amos, 1–5).
Existe
a hipótese que tenha sido uma cidade fenícia, centro do culto ao deus
babilônico Baal–Hadad, e seu nome significaria “Cidade de Baal”.
Depois vieram
os gregos que cultuavam o deus Hélios, passando a chamar-se Heliópolis. Não
existe nenhuma evidência arqueológica que confirme a presença fenícia, concluindo
é que este tenha sido um de muita pouca importância ou, muito mais
provavelmente, inexistente.
O
nome “Baalbek”, ao contrario do que se pensa não é antigo. Não foi usado
durante a época romana, nem existe evidencia de que tenha sido utilizado alguma
vez anteriormente a ela.
Não parece muito provável que o local tenha começado a
ser chamado “Baalbek” em honra a Baal, pois quando passou a se chamar assim a
região já havia sido cristianizada, para ser mais tarde submetida ao Islamismo.
Após a época romana o nome do lugar passou a ser “Bal Bekaa”, que significa
simplesmente “vale de Bekaa”, nome que conservou até o século XIX.
Muito
próspera nos primeiros séculos da era cristã, Baalbek tornou-se muito famosa.
Suas construções, do jeito que vemos hoje, foram iniciadas pelo Imperador
romano Antonino Pio (138-161 d. C), e continuada por Septímio Severo e outros
imperadores até Caracala (211-217 d.C.).
Construções de Baalbek
O templo construído
pelos romanos em homenagem a Júpiter, a Baal e a Baco, Baalbek tinha como
principal objetivo impressionar as nações do Oriente mostrando o poder e a
grandeza do Império Romano.
Era o
centro de adoração do Sol, e também foi a morada de um oráculo (centro de
adivinhações). A cidade foi visitada pelos principais governantes da época e
por pessoas importantes que vinham de todas as partes.
Para
construção da base do templo foram usadas pedras que pesam entre 900 e 1400
toneladas alinhadas, perfeitamente encaixadas e apoiadas entre 5 e 10 m de
altura sobre outras pedras menores.
Seu formato e tamanho das pedras também é
comparado com o Templo de Jerusalém onde, em seu centro, existe o Domo da Rocha
do Islamismo, no exato local onde estaria construído o Santo dos Santos (centro
do templo israelita), sobre uma rocha segundo a qual os deuses visitavam a
terra e ficavam sobre ela, chamada Pedra Sagrada.
O
famoso terraço de Baalbek é uma dessas construções que a arqueologia moderna,
com todos os recursos de que dispõe, é incapaz de explicar.
O Grande Terraço é
uma plataforma construída com as maiores pedras talhadas conhecidas, blocos
megalíticos cortados com precisão impressionante formando fundamentos de
460.000 metros quadrados de superfície.
Lá estão os três colossais blocos
conhecidos como o Trilithon, cada com quase 20 metros de comprimento,
aproximadamente 4 metros de altura e uma largura de 3 metros. O peso de cada foi
estimado entre mil e duas mil toneladas; são de granito vermelho, e foram
extraídos de uma pedreira a mais de um quilômetro de distância, vale abaixo em
relação à construção.
Não existe nenhum mecanismo na atualidade nem nenhuma
tecnologia moderna capaz de mover seu grande peso e colocá-lo precisamente nesse
lugar.
Acredita-se
que o Templo de Júpiter foi concluído no ano 60 D.C. Dentro do mesmo complexo
se encontram também o Templo de Baco, construído no ano 150 D.C. e que se acha
muito bem preservado, com 8 colunas em cada frente e 15 em cada flanco, o
Templo circular de Vênus, e os restos de um Templo dedicado a Hermes.
De
qualquer ponto de vista, foi um projeto grandioso, no qual que se trabalhou
durante vários séculos, e que ao final não foi concluído.
Em
1851, o arqueólogo francês Louis Felicien de Saulce, permaneceu em Baalbek dois
dias, e se convenceu de que a fundação do Grande Terraço eram os restos de um
templo pré-romano.
Porem,
em 1959 o físico bielorrusso Matest M. Agrest, primeiro cientista a defender hipótese
de que a Terra foi visitada em tempos pré-históricos por inteligências vindas
do espaço exterior, se convenceu que o terraço fora construído por seres
espaciais. Para ele, o Grande Terraço teria sido uma pista de aterrissagem para
os cosmonautas da antiguidade.
“Nunca
vi monumentos de arquitetura majestosa como os de Baalbek” (Dom Pedro II)
Baalbek
foi reconhecida pela UNESCO como patrimônio histórico mundial.
Pontos
Turísticos de Baalbek
Ruínas
dos Templos de Baco e Jupiter
Ruínas dos templo romanos |
No
complexo de templos construídos pelos romanos, a grandeza de sua base pode ser a prova da existência duma avançada
supercivilização do passado remoto ou, pelo menos, uma civilização tecnicamente
muito desenvolvida da “pré-história”, anterior até mesmo ao dilúvio.
Ruínas dos templo romanos(vista aérea) |
Vista
aérea do complexo de ruínas de templos romanos construídos sobre uma base
gigantesca, de uma civilização desconhecida, com os maiores blocos de pedra já
descobertos no planeta (Trilithons)
Templo de Baal-Júpiter
Templo de Baal - Jupiter |
Parte
de trás do templo de Baal-Júpiter. As pedras menores são da era romana estão a
esmo colocadas no topo para formar uma fortaleza medieval. Na parte destacada
pelo círculo vermelho, dois homens contemplam o seu tamanho. Você pode ver o
quão pequenos eles são comparados aos gigantescos blocos da base, os
Trilithons, muito mais antigos.
Uma
pedra deixada na pedreira em bruto ainda. Ela é colossal, é um retângulo
simétrico e perfeito. Alguns estimam que ela tenha algo como 2.000 toneladas.
As
colossais pedras da base (Trilithon) estão postas por cima de outras pedras,
que apesar de grandes são bem menores e parecem, o conjunto todo, pertencerem a
uma antiga e imensa plataforma.
Templo de Baal - Jupiter (lateral) |
Outro
mistério é encontrado na parede de pedra na parte traseira mais distante do
templo, esse lado que é o mais famoso nas fotos do local, porque mostra a
proporção e o contraste notável do tamanho dos megálitos, em comparação com as
outras pedras ao seu redor.
Templo de Baal - Jupiter (fundos) |
Acima
uma imagem extraordinária. Ela mostra o famoso lado de trás do templo. As
pedras do templo romano em ruínas foram empilhados para formar uma parede.
Existe até uma base para as colunas. Mas observe as enormes pedras ao lado do
buraco da parede quebrada.
O Templo de Kafre
Templo de Kafre |
O
Templo (funerário) de Kafre em Gizé, na 4ª dinastia (cerca de 2500 aC) as suas
pedras são semelhantes às pedra vistas acima, notável o corte econômico e a
instalação de ângulos imprecisos nos blocos, ao contrário da precisão visto nos
grandes megálitos vistos em Baalbek.
Nossa próxima parada será Zgharta.
Até lá!
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