sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Refugiados Sírios. Nossa solidariedade é vida.

Refugiados sírios, eu me preocupo e ajudo !



Nem tudo no mundo árabe é maravilhoso. Muitas coisas ruins e tristes estão acontecendo na terra das mil e uma noite.

A mais conhecida, no momento, é a crise dos refugiados sírios que se espalham pelo mundo, inclusive no Brasil.


Fugindo de uma guerra civil que acontece desde de 26 de janeiro de 2011, onde uma parte do povo sírio quer a saída de Bashar Al-Assad, um ditador que comanda o país desde 2000, quando recebeu o cargo de seu pai, que ficou no poder por mais de 30 anos. Juntando a isso, temos também a expansão do ISIS, ou Estado Islâmico, que se valendo da fraqueza do Iraque e da guerra na Síria tem crescido assustadoramente. Mas isto é outra história.

Aqui no Rio de Janeiro, como em vários outros lugares do Brasil, muitos refugiados sírios procuram uma chance de recomeçar do zero, mas do zero mesmo. Para fugir dos conflitos largaram tudo para trás.

Contando com a solidariedade do povo e de entidades religiosas, refugiados sírios tentam sobreviver em um pais estranho a muitos deles.

Há alguns dias atrás comecei uma campanha no facebook, que de imediato contou com o apoio de familiares, muitos amigos e amigas, a grande maioria não me conhece pessoalmente, mas ajudaram, cada um de sua forma.

Foram várias doações de roupas, alimentos, remédios, até dinheiro em minha conta uma amiga depositou, converti em alimentos e entreguei para que fosse encaminhado a eles. Pessoas disponibilizaram lugar par abrigar alguns deles. Muitas demonstrações de carinho e solidariedade, que me faz acreditar que nem tudo está perdido.

Estive em alguns lugares obtendo informações, como por exemplo na Caritas. A Caritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro é um organismo da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, e está inserida nos trabalhos da Arquidiocese do Rio de Janeiro.  

Lá, na Caritas, fui recebido com muita simpatia pela assistente social que me deu detalhes sobre a situação dos refugiados sírios. Informando de suas principais necessidades, no momento. (Fiquei bastante consternado, na ocasião, com a quantidade de congoleses aguardado por ajuda. Histórias de horror da guerra que toma conta do Congo há mais de vinte anos, onde a arma principal é o estupro para desestabilizar a família. Mas isso também é outra história).

De lá, eles são encaminhados para Igreja de São João Batista, na R. Voluntários da Pátria, 287, Botafogo, ou para outro lugar disponível para abriga-los. No prédio da Caritas não existem refugiados sírios. Lá é somente um escritório onde são tomadas as providencias.

Na Igreja em Botafogo, existem 19 sírios, até dia 16/09/15, quando estive lá levando doações. E suas necessidades imediatas são: material de limpeza, material de higiene pessoal (sabonete, pasta de dente, shampoo, absorvente), temperos não perecíveis (extrato de tomate, molho pronto, tempero em copo), suco. Outros alimentos não perecíveis também são bem vindos, mas esses são necessidades mais imediatas.

Roupas, eles têm recebido muitas doações.

Uma coisa de grande importância: camas, colchões, colchonetes, roupa de cama, são urgências, para acomoda-los melhor e para poder abrigar outros refugiados sírios.

Quem tiver a possibilidade de entregar, alguns refugiados sírios estão precisando de móveis e utensílios, pois já estão tentando alugar casa para suas famílias.

Muitos, com orientação do governo, já tiraram documentação, inclusive carteira de trabalho, o que os habilita a conseguir emprego.

As doações, ajudas e tudo o mais, podem ser encaminhadas para os locais abaixo:

Paroquia São João Batista – R. Voluntários da Pátria, 287 – Botafogo. Padre Alex, ou na secretaria.

Caritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro – R. São Francisco Xavier, 483 – Maracanã tel.: 2567-4105. Assistente Social Débora.

Existem outros lugares que estou tentando fazer contato.

Gostaria de agradecer a todos os amigos e parentes que estão comigo nessa. Obrigado pelas doações, mas principalmente pelo carinho que tenho recebido de todos.

Meu pai era imigrante libanês no século passado, vindo fugido da opressão do Império turco que dominava o Líbano na época, assim como os pais e avós de muitos, tenho certeza. Me sinto recompensado, como se estivesse fazendo por eles.

Beijos e abraços a todos. 

Pedro Ganem

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