Refugiados sírios, eu me preocupo e ajudo !
Nem
tudo no mundo árabe é maravilhoso. Muitas coisas ruins e tristes estão acontecendo
na terra das mil e uma noite.
A
mais conhecida, no momento, é a crise dos refugiados sírios que se espalham
pelo mundo, inclusive no Brasil.
Fugindo de uma guerra civil que acontece desde de 26 de janeiro de 2011, onde uma parte do povo sírio quer a
saída de Bashar Al-Assad, um ditador que comanda o país desde 2000, quando recebeu
o cargo de seu pai, que ficou no poder por mais de 30 anos. Juntando a
isso, temos também a expansão do ISIS, ou Estado Islâmico, que se valendo da
fraqueza do Iraque e da guerra na Síria tem crescido assustadoramente. Mas isto
é outra história.
Aqui no Rio de Janeiro, como em vários outros
lugares do Brasil, muitos refugiados sírios procuram uma chance de recomeçar do
zero, mas do zero mesmo. Para fugir dos conflitos largaram tudo para trás.
Contando com a solidariedade do povo e de entidades
religiosas, refugiados sírios tentam sobreviver em um pais estranho a muitos
deles.
Há alguns dias atrás comecei uma campanha no facebook,
que de imediato contou com o apoio de familiares, muitos amigos e amigas, a
grande maioria não me conhece pessoalmente, mas ajudaram, cada um de sua forma.
Foram várias doações de roupas, alimentos,
remédios, até dinheiro em minha conta uma amiga depositou, converti em
alimentos e entreguei para que fosse encaminhado a eles. Pessoas
disponibilizaram lugar par abrigar alguns deles. Muitas demonstrações de
carinho e solidariedade, que me faz acreditar que nem tudo está perdido.
Estive em alguns lugares obtendo informações, como
por exemplo na Caritas. A Caritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro é um
organismo da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, e está inserida nos
trabalhos da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Lá, na Caritas, fui recebido com muita simpatia pela
assistente social que me deu detalhes sobre a situação dos refugiados sírios.
Informando de suas principais necessidades, no momento. (Fiquei bastante
consternado, na ocasião, com a quantidade de congoleses aguardado por ajuda. Histórias
de horror da guerra que toma conta do Congo há mais de vinte anos, onde a arma
principal é o estupro para desestabilizar a família. Mas isso também é outra
história).
De lá, eles são encaminhados para Igreja de São
João Batista, na R. Voluntários da Pátria, 287, Botafogo, ou para outro lugar
disponível para abriga-los. No prédio da Caritas não existem refugiados sírios.
Lá é somente um escritório onde são tomadas as providencias.
Na Igreja em Botafogo, existem 19 sírios, até dia
16/09/15, quando estive lá levando doações. E suas necessidades imediatas são:
material de limpeza, material de higiene pessoal (sabonete, pasta de dente,
shampoo, absorvente), temperos não perecíveis (extrato de tomate, molho pronto,
tempero em copo), suco. Outros alimentos não perecíveis também são bem vindos,
mas esses são necessidades mais imediatas.
Roupas, eles têm recebido muitas doações.
Uma coisa de grande importância: camas, colchões,
colchonetes, roupa de cama, são urgências, para acomoda-los melhor e para poder
abrigar outros refugiados sírios.
Quem tiver a possibilidade de entregar, alguns refugiados
sírios estão precisando de móveis e utensílios, pois já estão tentando alugar
casa para suas famílias.
Muitos, com orientação do governo, já tiraram
documentação, inclusive carteira de trabalho, o que os habilita a conseguir
emprego.
As doações, ajudas e tudo o mais, podem ser
encaminhadas para os locais abaixo:
Paroquia São João Batista – R. Voluntários da
Pátria, 287 – Botafogo. Padre Alex, ou na secretaria.
Caritas
Arquidiocesana do Rio de Janeiro – R. São Francisco Xavier, 483 – Maracanã
tel.: 2567-4105. Assistente Social Débora.
Existem outros
lugares que estou tentando fazer contato.
Gostaria de agradecer
a todos os amigos e parentes que estão comigo nessa. Obrigado pelas doações,
mas principalmente pelo carinho que tenho recebido de todos.
Meu pai era imigrante
libanês no século passado, vindo fugido da opressão do Império turco que
dominava o Líbano na época, assim como os pais e avós de muitos, tenho certeza.
Me sinto recompensado, como se estivesse fazendo por eles.
Beijos e abraços a
todos.
Pedro Ganem
Nenhum comentário:
Postar um comentário